NA ROTA DOS GRANDES:

 O empresário  Antonio José de Barros Savino  é um dos responsáveis pela presença de grandes músicos e megashows em palcos brasileiros.

 Eric Clapton, Rolling Stones, Paul McCartney, Robert Cray, Bob Dylan, Radiohead e Coldplay. Além de serem grandes nomes da música mundial que fizeram shows no país, o que todos eles têm em comum? O dedo do empresário Antonio José , Presidente da AJ Holding , que conversou com a Revista Gente da Semana sobre o show business no Brasil e no mundo. 

Revista Gente: Em relação ao público brasileiro, que  tem se acostumado a receber grandes shows, ele mudou? Ficou mais exigente? 

Antonio José: O Brasil é um grande país, com aspectos culturais diferenciados por região e preferências musicais também. O mercado de venda de CDs e música é amplamente dominado pelo repertório nacional com quase 80% das vendas. Não diria que o público mudou, mas o número de consumidores desse nicho de mercado aumentou junto com a melhora das condições econômicas do país. 

Revista Gente: Qual o show ou evento que mais marcou até hoje? 

Antonio José : Os dois shows mais marcantes que produzi na vida foram os do Paul McCartney , e o dos Rolling Stones em 2006, na praia de Copacabana, para 1,5 milhão de pessoas.

Revista Gente: Hoje, com a facilidade da exposição na mídia, vemos quase diariamente uma enxurrada de novos artistas. Ficou mais difícil a criação de um grande ídolo como foram os Beatles, Elvis, Michael Jackson? O grande show, a megaturnê tende a desaparecer? 

Antonio José: Acredito que não porém ficou mais difícil o surgimento do megastar, do blockbuster. De qualquer forma, não creio que o grande show tende a desaparecer. Como em qualquer negócio, temos que ser criativos no desenvolvimento de novos artistas e projetos, sempre trabalhando com artistas de ponta e shows de qualidade.

Revista Gente: Como você vê a procura pelos shows internacionais em relação aos nacionais? O público tende a valorizar mais o que vem de fora? 

Antonio José: Os artistas nacionais trabalham o ano todo percorrendo o país de norte a sul, fazendo mais de cem shows por ano. O artista internacional vem uma ou duas vezes para, na maioria das vezes, fazer dois ou três shows no eixo Rio e São Paulo. Natural que aparentemente, o show internacional desperte mais interesse pelo ineditismo. 


Reportagem:  Julia Coutinho.